A FESERV Minas realizou, no dia 21 de maio, a live “Assédio Moral: prevenção e combate", que está disponível em vídeo para todos os servidores públicos e lideranças sindicais. A iniciativa integra um importante esforço de conscientização sobre o tema, considerado uma das práticas mais prejudiciais à saúde mental das trabalhadoras e dos trabalhadores.
O vice-presidente Estadual da Feserv e vereador de BH, Wagner Ferreira, o diretor de Orçamento Estadual da Federação, Eduardo Maia, e a diretora de Mulheres, Infância, Juventude Gênero e Minorias da Feserv, Fanny Melo, conversaram sobre o tema com a especialista em Direito Coletivo do Trabalho Sindical Mariana Tavares. A moderação dos debates foi conduzida pela presidente da Feserv Minas, Luciana Santos.
Na discussão, ficou clara a necessidade de ampliar o debate sobre o assédio moral, especialmente no setor público, onde muitos trabalhadores enfrentam pressões e abusos que comprometem seu bem-estar. Mariana Tavares destacou que o assédio moral se caracteriza por comportamentos abusivos, repetitivos e sistemáticos, que visam desestabilizar o trabalhador e minar sua autoestima.
A live também trouxe à tona a dificuldade que as vítimas enfrentam ao tentar comprovar os abusos sofridos. Para atacar esse problema, a inversão do ônus da prova foi apontada como uma medida necessária para proteger os trabalhadores, uma vez que, muitas vezes, quem sofre o assédio não dispõe de meios para documentar os fatos. Por isso, os dirigentes sindicais enfatizaram a importância da documentação criteriosa, do apoio psicológico às vítimas e de legislações específicas.
“Precisamos de leis que combatam o assédio no serviço público, onde muitas vezes ele é cometido por alguém que ocupa um cargo hierarquicamente superior. Nesse sentido, para produzir essa legislação, é importante que os servidores tenham representatividade política nas câmaras municipais e nas prefeituras. Nesse sentido entra o papel da Feserv Minas de fazer esse debate com as suas bases”, ressalta Wagner Ferreira.
A atuação dos sindicatos foi destacada como essencial nesse processo. Além de oferecer suporte jurídico e psicológico, as entidades devem promover campanhas e lutar por políticas permanentes de prevenção ao assédio. “Nós, sindicalistas, temos que orientar os servidores e buscar mobilizar as categorias para o combate ao assédio moral no serviço público”, afirma Luciana Santos.
Com essa live, a Feserv Minas busca ampliar a visibilidade do problema e também os servidores públicos e as lideranças sindicais se aprofundarem no tema, refletirem sobre suas práticas cotidianas e se engajarem na construção de ambientes de trabalho mais justos e humanos.
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