A FESERV Minas, juntamente a entidades sindicais de todo o país, se reuniu com a delegação do Comitê Econômico e Social Europeu (CESE), na última segunda-feira, 28 de julho, em Brasília. Durante o encontro, foi discutido o Projeto de Transição Energética e Trabalho Decente no Brasil, que visa à realização de pesquisas e à aplicação de medidas para o desenvolvimento humano nos estados e municípios.
Na reunião, a Federação foi representada pela Presidente, Luciana Santos, pelo diretor de Relações Institucionais, Eduardo Maia, e pela diretora de Assuntos das Mulheres, Infância, Juventude, Gêneros e Minorias, Fanny Mello.
O documento, idealizado pelo Eduardo Maia e Fanny Mello, havia sido entregue no início do ano ao presidente do CESE, Oliver Röpke, em um encontro em Bruxelas, na Bélgica. Diante da emergência imposta pela crise climática global, o movimento sindical alertou para os riscos de aprofundamento da precarização do trabalho e das desigualdades sociais.
Dessa forma, a proposta defendida pela FESERV na reunião em Brasília visa impulsionar uma transição energética justa, com foco na substituição de combustíveis fósseis por fontes renováveis, acompanhada de qualificação profissional, geração de empregos formais e investimento em infraestrutura nas cidades com população entre 100 e 500 mil habitantes. Ao todo, 278 municípios brasileiros poderão ser beneficiados, alcançando cerca de 57 milhões de pessoas.
“A transição energética é inevitável, mas ela não pode acontecer às custas do povo. Nosso papel é garantir que essa mudança de paradigma inclua os trabalhadores e promova o desenvolvimento humano. Se não houver justiça neste processo, só teremos mais exclusão, mais pobreza e mais precarização”, afirmou Eduardo Maia.
Com duração estimada de cinco anos, a ideia é que a iniciativa seja implementada por etapas, com diagnósticos locais, capacitação de mão de obra, ações educativas e análise de resultados, prevendo ainda a replicação da metodologia em outros municípios.
“A transição energética precisa acolher todos os brasileiros com políticas públicas que vão além do ponto de vista tecnológico e que incluam servidoras e servidores, que já enfrentam cortes, perdas e desmonte de suas funções sociais. É preciso garantir que ninguém fique para trás”, defendeu Fanny Mello.
A presença da FESERV Minas nesse diálogo internacional reforça a importância da articulação sindical na construção de um futuro mais justo, sustentável e democrático. Para conhecer mais ações da Federação, acompanhe as mídias sociais.
FESERV Minas: coragem e representação!