por Rodrigo Gomes / CSPB
O Brasil responde por quase 54% dos profissionais de saúde infectados pela covid-19 nas Américas. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde indicam que 570 mil profissionais da saúde foram contaminados pela covid-19 nas Américas, desde o início da pandemia. Do total, 307 mil são brasileiros. Os mais afetados são os profissionais de enfermagem, sobretudo técnicos e auxiliares. Além disso, a OMS registra 2.500 mortes de profissionais de saúde no continente, sendo 289 no Brasil (11,6%). Os dados da organização são do início do mês e os do ministério, do dia 11.
A OMS lembrou que os profissionais de saúde das Américas foram muito afetados pela falta de equipamentos de proteção individual e de planejamento no enfrentamento da pandemia de covid-19. “Nenhum outro grupo sentiu isso de forma mais aguda do que os próprios homens e mulheres que compõem nossa força de trabalho em saúde. Temos o maior número de profissionais de saúde infectados no mundo”, afirmou a diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Carissa F. Etienne. A Opas é o braço da OMS nas Américas.
Entre os 307 mil profissionais de saúde contaminados pela covid-19 no Brasil, a maioria são profissionais de enfermagem. Destes, 105 mil são técnicos e auxiliares de enfermagem e 45 mil são enfermeiros. Em seguida veem os médicos, com 31,5 mil casos confirmados do novo coronavírus. Trabalhadores que não são especialistas em saúde, mas atuam na área também foram muito contaminados pela doença. Foram 15,7 mil agentes comunitários de saúde, 13,4 mil recepcionistas e 9,3 mil trabalhadores em serviços de promoção e apoio à saúde.
Confira os dados completos
Do total de casos de profissionais de saúde contaminados pela covid-19, 2.025 necessitaram ser internados. E desses, 289 (16%), morreram. Em relação às mortes, os técnicos e auxiliares de enfermagem também são as maiores vítimas. Das mortes confirmadas de profissionais de saúde por covid-19, 97 foram destes profissionais (33,6%). Os médicos vêm em seguida, com 58 óbitos (20,1%). E depois os enfermeiros, com 36 (12,5%).